sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

o veneno.




Aqui estamos nós
Olhe nos meus olhos e sinta o medo de não acreditar
As rosas estão sangrando, penduradas ao contrário
O espinho me corta o dedo e faz o sangue jorrar no cálice da vida que ainda está por vir
Acenda as velas
Me beba
Me suga
Morra
Por capítulos a história continua sendo escrita
Branco. Preto. Vermelho.
Até onde vai o fim?
Meus olhos não acompanham a direção dos seus olhos
Minha alma já pertence
Deitada no jardim consigo olhar o sol sorrindo para mim
Queimando...
O céu sorriu em mim
Presa na teia a qual me encontrava, sufocada por meus próprios delírios
Eu sorri de volta
Minhas veias não são a salvação
Não pertencem
Sufocam
Eu sou o veneno dentro de suas entranhas
E o céu sorriu em mim
Ao acordar de uma batalha
Eu sorri de volta
Até onde vai o fim?

(Eduarda Metzker)

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