[Clarice Lispector]
terça-feira, 30 de novembro de 2010
mais nada a fazer.
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
mudança.
Quando sair, procure andar pelo outro lado da rua. Depois, mude de caminho, ande por outras ruas, calmamente, observando com atenção os lugares por onde você passa.
Tome outros ônibus.
Mude por uns tempos o estilo das roupas. Dê os seus sapatos velhos. Procure andar descalço alguns dias. Tire uma tarde inteira para passear livremente na praia, ou no parque, e ouvir o canto dos passarinhos.
Veja o mundo de outras perspectivas.
Abra e feche as gavetas e portas com a mão esquerda. Durma no outro lado da cama... Depois, procure dormir em outras camas. Assista a outros programas de tv, compre outros jornais... leia outros livros.
Viva outros romances.
Não faça do hábito um estilo de vida. Ame a novidade. Durma mais tarde. Durma mais cedo.
Aprenda uma palavra nova por dia numa outra língua.
Corrija a postura.
Coma um pouco menos, escolha comidas diferentes, novos temperos, novas cores, novas delícias.
Tente o novo todo dia. O novo lado, o novo método, o novo sabor, o novo jeito, o novo prazer, o novo amor.
A nova vida. Tente. Busque novos amigos. Tente novos amores. Faça novas relações.
Almoce em outros locais, vá a outros restaurantes, tome outro tipo de bebida, compre pão em outra padaria.
Almoce mais cedo, jante mais tarde ou vice-versa.
Escolha outro mercado... outra marca de sabonete, outro creme dental... Tome banho em novos horários.
Use canetas de outras cores. Vá passear em outros lugares.
Ame muito, cada vez mais, de modos diferentes.
Troque de bolsa, de carteira, de malas, troque de carro, compre novos óculos, escreva outras poesias.
Jogue os velhos relógios, quebre delicadamente esses horrorosos despertadores.
Abra conta em outro banco. Vá a outros cinemas, outros cabeleireiros, outros teatros, visite novos museus.
Mude.
Lembre-se de que a Vida é uma só. E pense seriamente em arrumar um outro emprego, uma nova ocupação, um trabalho mais light, mais prazeroso, mais digno, mais humano.
Se você não encontrar razões para ser livre, invente-as. Seja criativo.
E aproveite para fazer uma viagem despretensiosa, longa, se possível sem destino. Experimente coisas novas. Troque novamente. Mude, de novo. Experimente outra vez.
Você certamente conhecerá coisas melhores e coisas piores do que as já conhecidas, mas não é isso o que importa.
O mais importante é a mudança, o movimento, o dinamismo, a energia. Só o que está morto não muda !
Repito por pura alegria de viver: a salvação é pelo risco, sem o qual a vida não
vale a pena!
[Edson Marques]
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
mais há quem diga.
Há quem diga que a sua personalidade é forte, que a teimosia é a sua melhor amiga, e que tédio é palavra que não combina com seu dicionário. Dizem por aí que ela tem um perfume que não se traduz, um olhar que confunde e um jeito que não se define. Parece que tem dias que ela acorda e olha pra vida como um faz-de-conta, rir que nem criança e permite ser meio tola e meio boba, só para não ter que levar tudo tão a sério. Tem coisas que ela sente por completo, vive por completo, por todos os poros, por todos os lados, que tira o fôlego, que vira explosão. Segredo. E é disso mesmo que ela gosta.
Há quem diga que ela faz tempestade num copo d’água, que é inquieta, é desassossego, e dá trabalho. É tudo, é nada, é nem aí. Ela é também o desejo de ficar à toa, de boa. Mas numa boa, ela não é só o que se vê. Ela se renova, se reinventa, não perde a essência. Faz das quedas um ponto de recomeço. Tem um passo que não desiste e uma liberdade que ninguém aprisiona. Como borboleta, ganha asas. Voa leve e solta, colorida. Livremente, cheia de vida. Pousa e repousa naquilo que tem cheirinho bom de descanso. Naquilo que faz seu coração sorrir e pedir pra ficar. Inventa e aprende um novo jeito de olhar adiante. Mais uma vez e sempre. Suspira e acredita.
[Karine Melo.]
terça-feira, 23 de novembro de 2010
a lucidez perigosa.
que me anula como pessoa atual e comum:
é uma lucidez vazia, como explicar?
assim como um cálculo matemático perfeito
do qual, no entanto, não se precise.
Estou por assim dizer
vendo claramente o vazio.
E nem entendo aquilo que entendo:
pois estou infinitamente maior que eu mesma,
e não me alcanço.
Além do que:
que faço dessa lucidez?
Sei também que esta minha lucidez
pode-se tornar o inferno humano
- já me aconteceu antes.
Pois sei que
- em termos de nossa diária
e permanente acomodação
resignada à irrealidade -
essa clareza de realidade
é um risco.
Apagai, pois, minha flama, Deus,
porque ela não me serve
para viver os dias.
Ajudai-me a de novo consistir
dos modos possíveis.
Eu consisto,
eu consisto,
amém.
[Clarice Lispector]
terça-feira, 16 de novembro de 2010
um despertar.
Me vejo diferente, esquisita, estranhamente inquieta. Acho que acordei para algumas coisas que estavam adormecidas. Valores, princípios e um cuidado a mais por mim. Na verdade, existem coisas que são minhas, só minhas. Tão minhas que me agarro com elas até que tudo ganhem o sentido que eu preciso. É um estranho fluxo de pensamento. Um despertar. Uma quase certeza que a minha história ainda tem algo a me contar. Eu sei que tem.
Não quero mais a mesmice, o comodismo e o que ainda é dúvida. Não aceito uma realidade que não seja pelo menos um tracejado do que eu desejo. Quero os meu sonhos de mãos dadas com o acaso, e que eles me levem aonde eu devo chegar. Não tenho pressa. O que vem depois, não se explica, simplesmente acontece.
O segredo é que eu vou começar a respeitar as minhas vontades, vou correr os riscos que tanto a minha alma insiste. Eu me rendo, eu me enfrento. Quem sabe numa manhã dessas eu acorde distraída e o medo vire coragem. Quem sabe. Quero mais é ousadia. Quando o vento tiver ao meu favor, pegarei carona com ele. Vou saber para onde ir e o que levar comigo. Já que a vida sempre reserva surpresas, digo sim para elas. Deixo rolar.
[Karine Melo]
domingo, 14 de novembro de 2010
das perdas.
Quando os deixamos por um determinado tempo
deixam de nos pertencer,no sentido em que deixam de sentir a nossa presença.
A falta de um espaço ou de uma pessoa
pode permanecer sempre em nós, sob a forma de saudade ou,
pode transformar-se em indiferença,
(quando nos habituamos a conviver com ela.)
Não tenho medo de perder aquilo que nunca me pertenceu
mas tenho horror de perder aquilo que em dias, noites,
instantes, momentos... julguei ser meu,
por fazer de mim uma pessoa FELIZ.
Acredito, como Miguel Sousa tavares
"que nada do que é importante se perde verdadeiramente"
porque "apenas nos iludimos julgando ser donos das coisas,
dos instantes e dos outros".Como ele, ...talvez..., eu "não perdi nada,
apenas a ilusão de que tudo poderia ser meu para sempre".
sábado, 13 de novembro de 2010
é simples, felicidade.
Muitas vezes, não nos sentimos felizes por causa da teimosia. Da insistência em querer que as coisas sejam exatamente como queremos. E de quebra, ainda esperamos recheio de chocolate de sobremesa. Doce ilusão, isso sim. O resultado é certeiro: decepção. E daquelas bem amargosas. Sabe por que, meu bem? O ser humano é totalmente imperfeito, e sempre será.
O que faz a diferença é esperar menos, bem menos dos outros. Ninguém pode ser responsável por nosso bem-estar. É algo individual. Pode ser clichê, eu sei, mas é o que acredito.
Penso que felicidade de verdade é aquela sensação de se sentir em paz com o mundo, e mais ainda, com você. Consciência tranqüila de quem, antes de tudo, teve uma conversa séria com o coração, entrou num consenso com a razão, e depois disso conseguiu agir certo. Ou pelo menos acreditando que sim.
Felicidade não fica de bobeira por aí a fora não. N-Ã-O. Ela encontra-se bem aqui, dentro de mim e de você.
Ela é um negocinho simples, sabia? Pode apostar. Por isso, é bem possível que ela chegue disfarçada de simplicidade, podendo passar despercebida e, sem querer, ir embora. Sem ao menos enxergarmos o valor e a beleza que aquilo trazia. Felicidade talvez seja isso, sutilidade. Pequenezas abstratas, visíveis apenas por aqueles que sabem olhar. Além.
[Karine Melo]
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
da viagem.
[Ana Jácomo]
não me vejo aqui.
De que me adianta o mar agora?
De que me adianta o sol brilhando, os pássaros fazendo serenata na minha janela.
De que me adiantam as cores, os livros na vitrine, os sorrisos que recebi, recebo, sempre.
De que me adianta essa rua, essa casa grande, a mesa farta.
De que me adianta as cortinas rendadas e a minha colcha intacta.
De que me adianta, amor.
De que me adianta o tudo...
Se estou a beira do caminho a te esperar.
Se meu choro só se vai quando a chuva parar.
De que me adianta a vida que sonhei...
Se não me vejo aqui.
[Rízia Luiz]
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
espere.
[Gabriella.L]
terça-feira, 9 de novembro de 2010
não guardo nem dinheiro, vou guardar rancor?
Acredito que essa moça, no fundo gosta dessas coisas. De se apaixonar, de se jogar num rio onde ela não sabe se consegue nadar. Ela não desiste e leva bóias. E se ela se afogar, se recupera.
Estranho e que ela já apanhou demais da vida. Essa moça tem relacionamentos estranhos, acho que ela está condicionada a ser uma pessoa substituta. E quem não é?
A gente sempre acha que é especial na vida de alguém, mas o que te garante que você não está somente servindo pra tapar buracos, servindo de curativo pras feridas antigas?
A moça…ela muito amou, ama, amará, e muito se machuca também. Porque amar também é isso, não? Dar o seu melhor pra curar outra pessoa de todos os golpes, até que ela fique bem e te deixe pra trás, fraco e sangrando. Daí você espera por alguém que venha te curar.
As vezes esse alguém aparece, outras vezes, não. E pra ela? Por quem ela espera?
E assim, aos poucos, ela se esquece dos socos, pontapés, golpes baixos que a vida lhe deu, lhe dará. A moça - que não era Capitu, mas também tem olhos de ressaca - levanta e segue em frente. Não por ser forte, e sim pelo contrário…por saber que é fraca o bastante para não conseguir ter ódio no seu coração, na sua alma, na sua essência. E ama, sabendo que vai chorar muitas vezes ainda. Afinal, foi chorando que ela, você e todos os outros, vieram ao mundo.
[Caio F.]
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
há momentos.
a falta de alguém que o que mais queremos
é tirar esta pessoa de nossos sonhos
e abraçá-la.
Sonhe com aquilo que você quiser.
Seja o que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida
e nela só se tem uma chance
de fazer aquilo que se quer.
Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.
As pessoas mais felizes
não têm as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor
das oportunidades que aparecem
em seus caminhos.
A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam.
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem
a importância das pessoas que passam por suas vidas.
O futuro mais brilhante
é baseado num passado intensamente vivido.
Você só terá sucesso na vida
quando perdoar os erros
e as decepções do passado.
A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar
duram uma eternidade.
A vida não é de se brincar
porque um belo dia se morre.
[Clarice Lispector]
domingo, 7 de novembro de 2010
incerto.
À ponta do lápis o traço.
Onde expira um pensamento está uma idéia, ao derradeiro hálito de alegria uma outra alegria, à ponta da espada a magia - é para lá que eu vou.
Na ponta dos pés o salto.
Parece a história de alguém que foi e não voltou - é para lá que eu vou.
Ou não vou? Vou, sim. E volto para ver como estão as coisas. Se continuam mágicas. Realidade? eu vos espero. E para lá que eu vou.
Na ponta da palavra está a palavra. Quero usar a palavra "tertúlia" e não sei aonde e quando. À beira da tertúlia está a família. À beira da família estou eu. À beira de eu estou mim. É para mim que eu vou. E de mim saio para ver. Ver o quê? ver o que existe. Depois de morta é para a realidade que vou. Por enquanto é sonho. Sonho fatídico. Mas depois - depois tudo é real. E a alma livre procura um canto para se acomodar. Mim é um eu que anuncio.
Não sei sobre o que estou falando. Estou falando de nada. Eu sou nada. Depois de morta engrandecerei e me espalharei, e alguém dirá com amor meu nome.
É para o meu pobre nome que vou.
E de lá volto para chamar o nome do ser amado e dos filhos. Eles me responderão. Enfim terei uma resposta. Que resposta? a do amor. Amor: eu vos amo tanto. Eu amo o amor. O amor é vermelho. O ciúme é verde. Meus olhos são verdes. Mas são verdes tão escuros que na fotografia saem negros. Meu segredo é ter os olhos verdes e ninguém saber.
À extremidade de mim estou eu. Eu, implorante, eu a que necessita, a que pede, a que chora, a que se lamenta. Mas a que canta. A que diz palavras. Palavras ao vento? que importa, os ventos as trazem de novo e eu as possuo.
Eu à beira do vento. O morro dos ventos uivantes me chama. Vou, bruxa que sou. E me transmuto.
Oh, cachorro, cadê tua alma? está à beira de teu corpo? Eu estou à beira de meu corpo. E feneço lentamente.
Que estou eu a dizer? Estou dizendo amor. E à beira do amor estamos nós.
[Clarice Lispector]
sábado, 6 de novembro de 2010
aprendi.
…que eu não posso exigir o amor de ninguém. Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim e ter paciência para que a vida faça o resto;
…que não importa o quanto certas coisas são importantes para mim, tem gente que não dá a mínima e jamais conseguirei convencê-las;
…que posso passar anos construindo uma verdade e destruí-la em apenas alguns segundos.
Eu aprendi…
…que posso usar meu charme por apenas 15 minutos, depois disso, preciso saber do que estou falando;
…que posso fazer algo em um minuto e ter que responder por isso o resto da vida;
…que por mais que você corte um pão em fatias, esse pão continua tendo duas faces, e o mesmo vale para tudo que cortamos de nosso caminho.
Eu aprendi…
…que vai demorar muito para me transformar na pessoa que quero ser e devo ter paciência;
…que posso ir além dos limites que eu próprio me coloquei;
…que eu preciso escolher entre controlar meu pensamento ou ser controlado por ele.
Eu aprendi…
…que os heróis são pessoas que fazem o que acham que devem fazer naquele momento, independentemente do medo que sentem;
…que perdoar exige muita prática;
…que há muita gente que gosta de mim, mas não consegue expressar isso.
Eu aprendi…
…que nos momentos mais difíceis, a ajuda veio justamente daquela pessoa que eu achava que iria tentar piorar minha vida;
Eu aprendi…
…que eu posso ficar furioso, tendo o direito de me irritar, mas não tenho o direito de ser cruel.
Eu aprendi…
…que a palavra “AMOR” perde o sentido, quando usada sem critério;
…que certas pessoas vão embora de qualquer maneira;
…que é difícil traçar uma linha entre ser gentil, não ferir as pessoas, e saber lutar pelas coisas que eu acredito.
Se aprendessemos algumas coisas, tudo seria mais fácil…certas coisas realmente eu já aprendi…outras…ainda não…estou tentando…o que vale é a intenção...
[William shakespeare]
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
o aprender da vida.
[William Shakespeare]
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
eu adoro voar.
Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos.
Já expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por isso.
Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos.
Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem.
Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram.
Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir.
Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi.
Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta em meu canto.
Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir.
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam.
Já tive crises de riso quando não podia.
Já quebrei pratos, copos e vasos, de raiva.
Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse.
Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar.
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros.
Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros.
Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz.
Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava.
Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade... Já tive medo do escuro, hoje no escuro "me acho, me agacho, fico ali".
Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais.
Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria.
Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava.
Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um pesadelo. Mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda.
Já chamei pessoas próximas de "amigo" e descobri que não eram... Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim.
Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.
Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!
Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!
Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE!
Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.
Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco q eu vou dizer:
- E daí? EU ADORO VOAR!
[Clarice Lispector]
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