domingo, 30 de maio de 2010

o meu tipo.

sou mais viva do que pareço.
a sinceridade me fascina de forma que me apego - cegamente - aos meus desejos.
finjo minhas vontades; nego minhas verdades; me faço mulher. afinal, eu sou mulher.
me mostro.
eu sou do jeito que quero ser; a inconstância na personalidade forte e sensata, já não é um problema; a insanidade masculina não me afeta.
eu tenho meus poderes.
a risada - interior - é muito mais deliciosa, do que as felicidades forçadas. de alguma forma eu me apego ao jeito antigo da malandragem.
me passar para trás, já não é tão fácil quanto parece. mas, não se preocupe, eu fecho os olhos para as suas bobagens e finjo que não ri demais por dentro; afinal, a educação ainda reina em meu corpo de mulher.
não se sinta bem demais e nem mal demais; tudo foi necessário.
as bebidas fortes me deixam mais relaxadas, as risadas mais engraçadas me deixam mais maduras e as bobagens lançadas eu deixo ao ar; afinal, nada me pertence.
eu sou do mundo. eu sou o mundo.
não me apegue, não se apague.
não finja, não minta.
seja, faça, aconteça.
eu aqui. você aí.
eu sou muito mais mulher, do que seus tipos de mulheres.

(Manuela Rey)

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