quinta-feira, 21 de outubro de 2010

nada por mim.





"Você me tem fácil demais, e não parece capaz, de cuidar do que possui."

[Rízia Luiz]


cruzei as pernas e esperei.
esperei o tempo passar e levar todos os momentos. pensamentos. sentimentos e sensações.
não importa como ou quando, eu apenas desejava - como nunca -, que tudo aquilo passasse.
já não era nada como antes.
as dúvidas tomaram conta da vontade - extrema - de permanecer ao seu lado.
não tinha mais motivo ou razão; afinal, nada era como antes.
as promessas não foram cumpridas. os desejos não foram atendidos. as verdades foram alternadas.
tudo se foi. tudo se perdeu.
nada do que permaneceu, era como antes.
as músicas se tornaram mudas. as palavras doces se tornaram amargas. as verdades - rapidamente - se transformaram em ilusões.
descruzo minhas pernas e levanto.
fujo. sigo. grito. me escondo.
deixo o tempo passar entre minhas mãos - que em um milésimo de segundo - tenta te agarrar de forma triste e sincera.
eu me vou.
volto para buscar minhas bobagens lançadas. minhas estradas traçadas. minhas alegrias insensatas e minha paz almejada.

eu me vou.
antes que não possa mais alcançar a felicidade - que achei estar aí - com você.
eu simplesmente, vou.

[Rey]

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