domingo, 1 de agosto de 2010

a impotância de dizer eu te amo.


Como é importante dizermos essas três palavrinhas. O significado tem o poder de transformar coisas ruins em coisas maravilhosas. Quando um filho enlaça com seus braços e diz ao pai ou à mãe: eu te amo, transcorre um feixe de luzes em volta dos dois, construindo e fortalecendo os liames que os une, de forma a consolidar aqueles laços de afetividade, de amor, de querer bem. Como é bonito viver esses momentos!!

Estou acostumado a ouvir pacientes que sofrem demasiadamente e relatam a sua dor por um ente querido não manifestar seu apreço, seu carinho, sua estima, seja sua esposa, marido, filho, filha, nora, neta e por aí vai.

Engraçado o ser humano. As coisas evoluem, as descobertas do homem moderno com sua tecnologia de ponta, os laboratórios com suas pesquisas nos apresentando remédios fantásticos, a tecnologia com a velocidade da informação onde em tempos recentes nem havíamos condições de imaginar. E o ser humano, ainda hoje, fazendo uso de suas queixas habituais. Um pai, uma mãe, defronte um terapeuta, falando de forma triste, sentida, que trocaria muitas e muitas coisas que lhe são caras, gratas e importantes, por um gesto de carinho de um ente querido. Meu Deus! Com toda a evolução acima citada, e o que ainda está por vir nos próximos anos, o ser humano pouco sabe de si próprio. E, quando sabe, pouco sabe lidar consigo mesmo. Não é verdade?

Quantos e quantos se vêm nesta situação, de ter o que querem, porém, o que gostariam mesmo de ter, pouco ou nada têm. O carinho, o afeto, o reconhecimento e a gratidão poucos realmente vivenciam. Uns privilegiados, com certeza.

Mas, gente! Vamos ser honestos e sinceros. Pouco se faz para que isso aconteça. Aí vem a pergunta, por que? Porque somos duros, turrões, envergonhados, sem jeito, preconceituosos ... de darmos um abraço cheio, gostoso, aquele abraço integral, maravilhoso, que nos transporta a sensações de esplendor de amor. Amor por todos os lados e poros. Beijar a quem amamos, às vezes, é algo intransponível aos nossos preceitos, preconceitos, formação, vergonha ... por isso sofremos. E, diante do terapeuta, envergonhados de não sabermos e/ou não conseguirmos fazer, contamos nosso sofrimento interior por não ouvirmos essas três palavrinhas eu te amo!!

Não é fácil!! Porém, nada intransponível. Uma paciente, com extremo retardo físico, olha sempre para seus pais – adotivos – e os abraça, feliz, muito feliz, irradiando amor para todos os lados, e emite seus sons de alegria, carinho, candura e querer bem. Ela assim se manifesta quando quer expressar seu sentimento de amor e reconhecimento. Que felicidade nessa família, apesar da provação muito forte!

A experiência do amor fraternal nos faz mais dóceis, mais pacientes, calmos, tranqüilos. Faz-nos estar de bem conosco mesmo e dilata e expande nossos valores morais, como a capacidade de amar, a capacidade de perdoar, inclusive a nós mesmos, a capacidade de tolerar, de sublimar e por aí vai.

Vamos exercitar essas três palavrinhas iniciando para conosco mesmo. Quem não consegue se amar integralmente, precisa rever o que não se perdoou ainda. Busque, analise e reflita, para então, se perdoar de suas faltas, das coisas que deixou de fazer, do que fez de forma errada ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... e bola pra frente, pois nunca é tarde para dizer verdadeiramente aos seus pares, entes queridos, as três palavrinhas: eu te amo!!!

Valente.

2 comentários:

  1. "Eu te amo", três palavrinhas que tenho medo, tenho medo de falar, tenho medo de escutar, medo de não escutar nunca mais, medo de pensar coisas, que ele me ama ou que não me ama, infelizmente tive um relacionamenteo com um cara de sentimento bipolar, e isso me deixou traumatizada, mais tudo bem, o tempo sempre cura.

    ResponderExcluir